O segredo de Atlântida 01Nov08

Ficção científica não é a minha praia - aliás, após escrever essa frase paro, respiro fundo e pasmo no mar azul marinho, estou no litoral, também mereço! Mesmo assim, óbvio que adoro ciência, suas invenções, descobertas, filosofias, discussões e algumas das histórias mirabolantes. Principalmente, aquelas com certa ideologia como “1984″ e “Admirável Mundo Novo” - geniais.

Recentemente, fiquei incumbida de uma missão quase impossível. Descobrir a “verdade” sobre o mito de Atlântida. A ilha da fantasia existiu? Então, onde estariam suas ruínas? Matutei… E parti para a pesquisa. O que achei de obras esotéricas sobre o tema não está escrito. Mas eu queria algo o mais científico possível. Daí, conversei com oceanógrafos. Até eles disseram: “Que difícil”!

De link em link, livro em livro, texto em texto, encontrei um pesquisador bem interessante. Poxa, os primeiros escritos sobre a cidade foram feitos pelo Platão, em “Timeu e Crítias, ou Atlântida”. Então… nada melhor do que entrevistar um historiador, melhor ainda se ele também for arqueólogo! Eis que encontro a pessoa na Unicamp, chamada Pedro Paulo Abreu Funari.

É certo que alguns pesquisadores até encontraram vestígios de ruínas no fundo de vários mares. Porém comprovar cientificamente que eles são os restos da tal Atlântida - que existiu há mais de 10.000 anos - é outra história. Nesta, eu encotrei a cidade perdida. Duvida? Então, leia a matéria aqui.

Obs.: Este breve post faz parte do tema do mês, relação entre ficção científica e divulgação científica, do blog Roda de Ciência - espaço de discussão. Por favor, deixe os comentários aqui. A foto das ilhas tirei no meu preferido Posto 9, em Ipanema, Rio de Janeiro.

Filed under: ciência, comportamento, estória | 0 Comments
Tags: curiosidade, ficção científica
Semana do design sustentável em São Paulo 31Out08

Pendente "Disco", do conhecido André Wagner

Adoro design. Um bom projeto é sexy, bem-sacado, truth about enzyte bem-humorado e científico. Sim. Criar um objeto relevante – útil e belo - exige, no mínimo, conhecimento sobre ergonomia, comportamento, antropologia, engenharia de produção, materiais, história, química. Ter “feeling” também é insubstituível. E, atualmente, saber o impacto que a peça – seja qual for – exercerá no meio ambiente é fundamental. Tome como exemplo o trabalho do Índio da Costa.

Seu mais que falado e premiado internacionalmente, inclusive com o “Oscar do Design” – IF Product Design Award, prêmio alemão, claro! -, ventilador de teto Spirit é um modelo. Ele pode ser totalmente reciclável. E custa baratinho, viu? Por volta de R$ 240. Engana-se quem pensa que todas as peças assinadas são caras.

Anote na agenda. A fofa designer Patrícia Penna fará, dia oito, o evento Design na Brasa 2008 (DB’2008). Ele acontece na cidade de São Paulo há sete anos. O intuito é incentivar o design criado em parceria com a preocupação do meio ambiente. Cada ano um tema é discutido, este será a água! Muita gente de cacife estará por lá debatendo o problema, inclusive o prefeito Kassab. Interessou? A entrada é gratuita. Entre aqui para ver a programação de palestras e se inscrever. Claro que irei parabenizar a minha amiga.

Também, entre os dias três e nove, o Museu Brasileiro da Escultura (MuBE) apresenta um recorte de produtos fabricados a partir de materiais reciclados desenvolvidos por designers, projetos, empresas e ONGs que trabalham com comunidades artesanais carentes e ou de periferia da cidade de São Paulo. A entrada e o estacionamento para bicicletas são gratuitos. Saiba mais aqui.

Mas a notícia não acaba por aqui. Veja release:

A Secretaria Municipal de Relações Internacionais (SMRI), identificando o potencial da indústria criativa paulistana e consciente da importância da cidade em se destacar internacionalmente como uma provedora de produtos e serviços de inovação, apresenta o projeto “KM • M • MM - VIVER DESIGN EM SP” (Quilômetro, Metro e Milímetro: Viver design em São Paulo), que acontecerá durante a semana de 3 a 9 de novembro e cujo objetivo é democratizar o design e incentivar a economia criativa, transformando São Paulo em pólo do design na América Latina.

O projeto de apoio ao desenvolvimento das indústrias criativas, com ênfase no design, atende a uma estratégia de promoção da imagem internacional da cidade e busca mobilizar a população sobre a importância do design para o mercado nacional e a proximidade dos paulistanos a todas as áreas do design.

Acesse o blog do evento aqui. E o site ali.

O design hoje

A partir de dados internacionais pode-se dizer que mais de 90% dos designers desenvolvem produtos para as classes de maior poder aquisitivo, representado apenas por 10% da população. Porém desde o ano 2000 esta surgindo uma contra corrente. Designers, projetos e instituições estão preocupados com o desenvolvimento de produtos para os restantes 90% da população. Este design propõe uma nova forma de pensar, de produzir de comercializar de usar de descartar e de reciclar. Uma nova estética, ética, tabela de valores e equilíbrio que aos poucos ganha espaço. Aliás, alguém aí já experimentou a tal da caipirinha “orgânica” – já disse que detesto esse “adjetivo” – vendida em bares de Sampa? É das boas?